Operação Ianque desarticula quadrilha especializada em furtos e roubos a propriedades rurais no Sul de Minas
03/07/2025
(Foto: Reprodução) Ação resultou na prisão de quatro pessoas suspeitas de integrarem quadrilha especializada em crimes contra propriedades rurais. Operação Ianque: delegado fala sobre crimes na zona rural de cidades do Sul de Minas
A Delegacia Rural de Guaxupé deflagrou nesta semana a "Operação Ianque", que resultou na prisão de quatro pessoas suspeitas de integrarem uma quadrilha especializada em crimes contra propriedades rurais. A ação é fruto de 12 meses de investigação e faz parte do programa Campo Seguro, do 18º Departamento da Polícia Civil de Poços de Caldas.
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Os mandados de prisão foram cumpridos em três cidades diferentes: dois homens foram presos em Franca (SP), um em Campos Altos e outro em Rio Paranaíba, ambas no Alto Paranaíba, em Minas Gerais.
As investigações apontam que os suspeitos estavam envolvidos em crimes ocorridos no ano passado, incluindo furtos e roubos a duas fazendas em Nova Resende e Bom Jesus da Penha, com prejuízo superior a R$ 1,5 milhão aos produtores.
Operação Ianque desarticula quadrilha especializada em furtos e roubos a propriedades rurais no Sul de Minas
Polícia Civil
O delegado Manoel Nora, que atua na Delegacia de Nova Resende e também é responsável pela Delegacia Rural da regional de Guaxupé, explicou que a investigação teve início após o furto de 110 sacas de café especial em um barracão no distrito da Petúnia.
“Chamou a atenção para a gente que os indivíduos que cometeram esse furto conheciam muito de café, porque eles abandonaram café de menor qualidade e preferiram café do tipo especial. Restou claro para a gente que poderiam ser produtores rurais”, relatou o delegado.
A partir disso, os investigadores chegaram até Campos Altos e Rio Paranaíba, onde foram localizados dois homens apontados como líderes do grupo. Segundo o delegado, um deles é dono de uma transportadora e o outro, produtor rural e fazendeiro.
“Esses dois são aqueles que forneciam a parte material e também agiam, iam até o local. A parte violenta da quadrilha são os que nós prendemos em Franca. São indivíduos do estado de São Paulo que faziam a parte operacional, a parte de render as vítimas, de empregar a violência, de empregar a grave ameaça”, detalhou.
Além dos quatro presos, um quinto integrante segue foragido. Trata-se de um homem de Ribeirão Preto (SP), com cerca de dez mandados de prisão em aberto.
Operação Ianque desarticula quadrilha especializada em furtos e roubos a propriedades rurais no Sul de Minas
Polícia Civil
A Polícia Civil acredita que o grupo possa estar envolvido em outros crimes na região, com o mesmo modus operandi. O delegado explicou que os elementos reunidos nos autos do inquérito serão compartilhados com outras delegacias que investigam casos semelhantes.
“Eram indivíduos armados, utilizando os veículos que nós apreendemos. Esses elementos de conjunto probatório que nós reunimos nos autos do inquérito policial serão repassados para esses outros delegados, para imputar também os crimes que eles cometeram aqui na nossa região.”
Segundo Manoel Nora, o período da colheita é especialmente sensível para a segurança no campo. O delegado alerta que o café, diferentemente de outros bens furtados, pode ser vendido pelo preço cheio do mercado, o que o torna um alvo atrativo para quadrilhas organizadas.
“Se alguém rouba um celular, rouba um carro, eles acabam tendo que repassar isso aí por um valor bem inferior. O café não. O sujeito furta o café, geralmente ele também é produtor, então ele consegue vender esse café pelo preço cheio da saca.”
A apreensão de caminhões e caminhonetes usados pela quadrilha representa, segundo o delegado, um duro golpe nas ações do grupo.
“Nós tiramos o meio do cometimento do crime. Isso já traz uma grande sensação de tranquilidade para os produtores.”
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